Velha e Chata


Nem no avião…

E não é que nem no avião eu fujo do celular tocando música alta???

E a menina, carinha de bem nascida, perguntava pra mãe:

– Posso mudar o estilo da música?

E a mãe, toda perua, responde:

– Ah, não!! Tá ótima assim!!!

 

A música? Funk daqueles bem ruins…

A localização do celular? Quase na minha orelha, já que estava na mão da mocinha atrás de mim…

Eu mereço….



A vida com GPS
24/10/2011, 11:10 pm
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A tecnologia cada dia me surpreende mais.

E o GPS é algo que eu acho sensacional, assim como o Google Maps, que você traça a rota e vai ‘de carro’ até o destino.

Mas o GPS é engraçado, ainda mais porque fala e, na maioria das vezes, é uma voz de mulher.

Com os aparelhos de GPS que ‘falam Português’ é mais engraçado ainda. A maioria deles é com sotaque de ‘paulisssta, meu’.

É um tal de:

(voz metálica) – Vire à direita a duzeiiiinnnntos metrossssss…

Ou ainda:

(a mesma voz metálica) – Cããmera no semáááforo a ceiimm metrossss….

Hoje, voltando pra casa de táxi, ouvi ‘uma’ GPS carioca.

(voz metálica) – Radarrrr a duzentoxxxx metroxxxxx

(voz metálica) – Vire à exxxquerrrda

E comecei a pensar que daqui a pouco ela iria falar:

(voz metálica) – Se liga, merrrmão! Tem parrrrdal ali na frentch!!!

(voz metálica) – Maneeera a velocidade, você vai fazer uma currrva fechada, bróder!

Imaginei então as GPS regionais:

(voz metálica) – Guri! Cuidado com a lomba  à esqueRda!

(voz metálica) – Mas, bah! Deita o cabelo que a sinaleira vai fechaR!

Ou ainda:

(voz metálica) – Meeeu Reeeeei… Acelere nããão….. A um quilômetro tem uma curva, visse?
Ia ser divertido….



Refeição tensa

Cara, se tem uma coisa que me deixa nervosa é a porra do Spoleto…
Meu GZuiz…. Tensão da porra!!!!

Já era complicado quando você tinha apenas que escolher a massa, o molho e os ingredientes… Agora tem um tal de polpetone que pode ser acrescentado ao prato…

Fila se formando. Você olha pra cima e tenta escolher a massa.

– Eu sempre como penne… Acho que vou trocar por farfalle… Molho quatro queijos, e os ingredientes…. Hum…. Tomate…. Brócolis… Cenoura… Mussarela de búfala…

Chega a sua vez e vc ainda não decidiu e aí você dá de cara com mil potinhos cheios de coisinhas e aquele rapaz sempre solícito, que, tenta ajudar, mas só atrapalha….

– Massa?

– Penne! – putz, eu ia escolher Farfalle….

– Molho?

– Ai… Branco! – shit…. Era quatro queijos….

– Ingredientes…

– Tomate….

– Tomate e…. (e bate no potinho tá tá!)

– É… Cebola! Não! Cebola não! Cenoura!!!

– Cenoura mais…. tá tá!

– Queijo prato!!!

E a fila crescendo atrás de você e aquela agonia…

– Queijo prato e…. tá tá!

– Ervilha!!!

– Ervilha e… tá tá!

– Ai, quantos faltam???

– Quatro…

– Ai…. É…. – aí vale qualquer coisa pra agonia acabar…. – Ovo de codorna!

– Ovo e…. tá tá!

– Presunto! E Queijo coalho! Salmão! E… Ai… Pera….

– Presunto tá tá! Queijo coalho tá tá! Salmão tá tá! E…. Tá tá!!

– Cebolaaaaaaaaaaaaa!!!!! – caceta! Eu nem gosto assim de cebola!!!

– E polpetone de quê???

Caralho, final daquele torrecopos do Luciano Huck é pinto perto disso!

Socorro!

Ai, dá pra mim não. Pelamordedeus!!!



Coito interrompido. Mais uma vez…
20/10/2011, 5:25 pm
Filed under: Constatação

Eu nunca viajei pra fora do Brasil na minha vida.

Acredite.

E, sempre que eu estou com tudo certo pra viajar, mas tudo certo MESMO, acontece alguma coisa e a viagem não rola.

Posso listar algumas situações que me lembro. Mas eu sei que tem mais…

 

1. Aos 15 anos eu tive a oportunidade de ir e preferi ganhar uma puta festa e as tão sonhadas lentes de contato. Na época era caro pra caramba…

Tá. Aí foi opção minha… Não conta.

2. Aos 16 anos: Todos os meus amigos da escola estavam fazendo intercâmbio pros EUA. Meu pai juntou uma grana e começamos o processo de agência de cursos no exterior e tal. Aí rola um plano econômico qualquer e meu pai fica fudido….

Adeus viagem….

3. Minha prima foi morar fora. Estava em Boston já tinha um tempinho. Começamos novamente a juntar uma grana pra eu ir pra lá passar meu aniversário e o dela (temos uma semana de diferença entre um aniversário e outro).

Grana na mão, documentos para fazer o passaporte, ela me liga:

– Prima, tô voltando… Me separei do Fulano… E estou grávida. Mas não conta pra ninguém a última informação….

Adeus viagem. Olá, afilhado amado….

 4. Eu desempregada há oito meses. Um amigo morando em San Diego, na California. Disse pra eu ir pra lá que as coisas iam acontecer.
Vi preço de passagem, fiquei hooooras pra tirar o passaporte. Estava a caminho do Consulado pra tirar o visto, toca meu celular. Um antigo e querido chefe me oferecendo um emprego de sonhos.

Adeus viagem. Olá, salário milionário em uma pontocom…

 5. Pacote pra Buenos Aires imperdível. Eu ‘entre frilas’. Amigo querido e companhia maravilhosa disponível para viajar. Passagens reservadas. Pinta um trabalho MA RA VI LHO SO…

Adeus viagem. Olá, trabalho maravilhoso – que nem era tão maravilhoso assim…. Enfim.

 6. Mudei de ramo de atuação e pinta uma viagem pra Coreia do Sul. Objetivo: levar uma atração musical com a cara da Bahia para um evento corporativo.
Lá ia eu e o Olodum pra Coreia do Sul. Passagens emitidas para o dia 01 de novembro de 2011, ou seja, daqui a menos de duas semanas.
Passaporte renovado – aquele que nunca tinha sido usado venceu, né -, eu a caminho do Rio Sul pra buscar o passaporte que havia ficado pronto, recebo o telefonema:

– Dri…. (voz fúnebre) a viagem pra Coreia foi cancelada. O evento não vai mais rolar….

Sobe som: Fuen fuen fuen fueeeeeeeeeeeeeeeeeeeen…

Olha, ou eu vou pro exterior e não volto nunca mais ou então, sei lá, viu…

 

Putaquepariu!!!!



Vivendo e aprendendo
15/10/2011, 4:48 pm
Filed under: Constatação, Diversão
Eu tenho uma amiga cadeirante. A conheci anos atrás, ainda andante. Ganhando de mim em um campeonato de dardos.
Bla bla bla Whiskas Saché ela sofreu um acidente que a deixou presa em uma cadeira de rodas. 

Peraí. Para tudo. Presa? Nunca nessa vida!

Ela não deixa de fazer nada que tenha vontade. Sai pra caramba, vai a festas, dirige, trabalha em uma puta empresa, namora, faz ‘coisinhas’, rs, e adora uma cervejota.

Ontem, fomos tomar uma dessas cervejotas. E na hora de ir embora, como eu também ia, me ofereci pra ajudá-la a colocar a cadeira na mala do carro. 
Morrendo de medo de fazer lambança, afinal, eu sou uma desastrada. 
Não sabia se eu podia ajudar empurrando a cadeira, não sabia o que eu devia fazer. Mas fui perguntando e indo.
Timidamente conduzi a cadeira e a levei na porta do carro.
O caminho, cheio de pedrinhas portuguesas – lindas, mas são terríveis pra um cadeirante – foi tirado de letra por ela.
Encostou a cadeira na porta do carro, abriu, puxa daqui, levanta dali e pá. Sentou no banco do motorista.
Eu, boquiaberta, perguntei o que fazer com a cadeira.

– Ah, Dri, se quiser ajudar, tudo bem, mas não precisa. 

– Não, como faz com a roda?

Nisso ela, em um movimento rápido, já havia tirado uma das rodas. 

– E como tira a outra?

– Ah, empurra aí no miolinho e pronto, a roda sai.

Achei que era simples… Demorei um pouco e consegui tirar. Achei que era o maior peso essa roda. Nada. Levíssima.
Peguei a cadeira, igualmente levíssima, e fiquei horas pra tentar encaixar no porta-malas. 

– As rodas você encaixa onde tiver espaço.

Coloquei as rodas e fechei a mala.

E lá foi ela, dirigindo seu carro, embora pra casa.
E eu fui andando, pela rua, pensando em como as coisas podem ser tão mais simples do que a gente imagina que elas sejam.

Cara… Te dedico, Crieis…. Você é foda.